A Alemanha é um dos países que está
sempre entre os primeiros na lista de destinos escolhidos pelos intercambistas
brasileiros, da mesma forma como também é um dos que mais envia estudantes
estrangeiros para cá. O país germânico, assim como os seus nativos, inspira
interesse e curiosidade, e quanto mais você conhece, mais você se encanta por
ele. Desmistificando a ideia que temos do alemão frio e calculista, os
intercambistas da Alemanha que vêm estudar em Goiânia vêm cheios de carisma e
simpatia, com vontade de aprender e fazer novas amizades.
A Alemanha, que foi reunificada em
1990, um ano após a queda do Muro de Berlim, é atualmente o país da União
Europeia com maior número de habitantes. É também a nação com a maior economia
da zona do euro e a terceira maior economia mundial, além de ter a língua com o
maior número de falantes da União Europeia, o alemão. O país, que se sobressai
em áreas como produção automóvel, indústria mecânica e nos setores químicos e farmacêuticos,
também se destaca no campo cultural, sendo berço de vários compositores e pensadores
importantes, como Nietzsche, Lutero, Kant e Goethe.
Confira o depoimento da estudante
Maísa Marques Machado, ex-intercambista na Alemanha (setembro de 2009 – julho de
20120) e voluntária do AFS Comitê Brasília. Maísa fala um pouco de sua
experiência na Alemanha:
“A
coisa que mais me incentivou a fazer intercâmbio na Alemanha foi a língua, uma
vez que eu queria falar alemão, mas sabia que seria imensamente difícil e longo
o processo pra conseguir isso aqui mesmo no Brasil. De um modo geral, não
procurei saber muitas coisas sobre o país antes de viajar, até porque nem seria
bom, não queria criar expectativa.
E
acabou que isso de não ter pesquisado foi ótimo, na minha opinião. Viajei como
um verdadeiro girino AFSer: de coração aberto para o que desse e viesse. Os
primeiros meses não foram nada difíceis com relação à saudade dos amigos, da
família e do Brasil; isso só veio com o tempo. Foi no terceiro mês que essa
história de não ouvir sua língua materna em nenhum lugar, nunca, começou a
cansar.
Para
falar a verdade, a única coisa com que eu me preocupava no começo era com os
tais neonazi. É impressionante como as visões estereotipadas de um povo
pegam... Quando eu ainda não entendia nada daquela língua estranha, eu morria
de medo de todo mundo. Até das crianças eu tinha medo no colégio, achava que
eles estariam programando algum motim pra me atacar. É tosco, eu sei. Mas foram
anos e anos ouvindo histórias e mais histórias de como seriam os alemães. Pois
bem, acontece que isso de neonazismo pega uns poucos, raros e bobos alemães.
Mas gente assim tem em todo lugar, não é?
Enfim,
minha visão da Alemanha e de seu povo hoje é completamente outra. Eles são
pessoas incrivelmente legais, curiosos pelo que vem de fora e, pasmem,
calorosos e receptivos. Tenho saudades imensas daquele meu ano de intercâmbio.
Mantenho contanto ainda com amigos e família de lá e espero mantê-lo por ainda
muito tempo... para sempre, na verdade. E se algum candidato a girino estiver
em dúvida sobre o país de destino, é simples solucionar. Escolham aquele com a
indiscutivelmente melhor cerveja do mundo! Servus!!”
Maísa
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