12.11.12

As cinco principais razões para ser um estudante intercambista



Fazer um intercâmbio é muito mais que viajar a outro país. É também um marco, um símbolo que representa a mudança na vida de um estudante que se aventura em uma nova cultura; significa o desabrochar e amadurecimento desse estudante. Confira abaixo as cinco principais razões para se tornar um estudante intercambista:


1) Crescimento pessoal: ao encarar o intercâmbio, o estudante é jogado em um mundo desconhecido e com pessoas também desconhecidas. De certa forma, ele está sozinho. Em alguns casos, o estudante pode saber a língua do país hospedeiro ou ter um conhecimento básico dela, o que o ajudará bastante inicialmente. Mas na maioria das ocasiões, a língua é sim um obstáculo. Um pouco assustador, não?

Imagine então que o país hospedeiro possua uma cultura bem diferente que a do país de origem desse estudante. Ele pode não saber a forma certa de se relacionar com as pessoas ou como agir. Algo que ele considere normal pode ser ofensivo em outro país. Ele não sabe a história, os costumes, as tradições. Ele está longe de casa, da família, dos amigos e de tudo aquilo com o que está acostumado.

Esse é o grande desafio (e grande conquista) de um estudante intercambista: saber lidar com o desconhecido, encarar e saber resolver sozinho os problemas que surgirem, conhecer as próprias capacidades e limites. Fazer um intercâmbio é amadurecer; é enfrentar adversidades ao longo de todo o trajeto, mas sair vitorioso no final. É aprender a não desistir, a ter confiança em si mesmo e saber que, quando for hora de voltar pra casa, cada momento passado nesse ano, por mais difícil que tenha sido, será lembrado com saudade e carinho, pois foram momentos maravilhosos.

 Voluntários e intercambistas da Região COE em 2012

2) Ganhar uma nova família: uma das maiores delícias de se fazer um intercâmbio é ter a oportunidade de conhecer pessoas que vão te querer bem como se você fosse da própria família. No caso do AFS, as famílias hospedeiras também são voluntárias e ficam super felizes em receber um estudante de outro país. Isso quer dizer que essas famílias vão hospedar alguém que elas não conhecem simplesmente porque querem. Apenas isso. Elas querem hospedar um estudante estrangeiro e conhecer mais sobre ele, sua cultura e seu país.

Durante o intercâmbio, o estudante estrangeiro é incentivado a tomar parte nas atividades comuns da família, o que lhe permite um melhor entendimento dos costumes de seu país hospedeiro. Ao mesmo tempo, a família hospedeira é o seu maior suporte durante o intercâmbio. É claro que, mesmo com um bom relacionamento, desentendimentos vão surgir, como acontece em qualquer família. E assim como acontece em qualquer família, eles estarão presentes quando o intercambista precisar de apoio. 

Jota (Brasil) e sua família na Alemanha

3) Fazer amigos de vários lugares do mundo: quer algo melhor do que ter a oportunidade de conhecer pessoas de outros países? Ter a chance de ter contato com outras culturas e ver como pessoas de todo o mundo vivem, de perceber o quanto somos parecidos apesar de todas as diferenças. Conhecer pessoas de diferentes lugares do mundo enriquece e nos faz ter mais vontade de viajar e aprender.

E posso acrescentar, essas são amizades que ficam. Por mais que os anos passem, os velhos amigos do intercâmbio serão sempre grandes amigos. Intercambistas vivem muita coisa juntos, passam por experiências similares, ou até iguais, e sabem como é ser a pessoa “que veio de fora”. São os melhores amigos que outro estudante estrangeiro pode ter, os melhores companheiros para qualquer aventura (ou enrascada) e aqueles que estarão sempre prontos a ajudar ou simplesmente ouvir. Resumindo, estudantes intercambistas entendem estudantes intercambistas como ninguém.

Shannon (Nova Zelândia) e Adele (Brasil) cinco anos depois do intercâmbio

4) Aprender uma nova língua: esse é um dos principais motivos para se fazer um intercâmbio. O mercado de trabalho exige cada vez mais o conhecimento de outra (ou várias) língua estrangeira e a habilidade de saber se comunicar em diferentes meios e situações. Vivenciar a língua e aprender como ela é usada no dia-a-dia é a melhor forma de realmente dominá-la. Pesquisas também apontam que a pessoa que sabe se comunicar em outra língua têm mais facilidade para resolver problemas, pois pensar em uma língua que não a nativa nos permite pensar mais logicamente, não levando tanto em conta o lado emocional.

Podemos dizer também que ao aprendermos uma nova língua, um mundo de possibilidades se abre para nós. Podemos ir a qualquer lugar, conhecer pessoas, aprender coisas novas. É uma forma de liberdade. Não estamos mais restritos às barreiras impostas pelo desconhecido. Aprender novas línguas significa que várias portas serão abertas e muitas oportunidades virão disso.

Jan (Hong Kong) ensinando algumas palavras em cantonês

5) Vivenciar uma nova cultura: aprender como pessoas de outros países vivem faz parte do crescimento pessoal e dá abertura à compreensão das diferentes culturas. Além de termos a oportunidade de sair da zona de conforto e entrar em um mundo desconhecido, esse também é o momento de entendermos e nos relacionarmos com pessoas de tradições e histórias diferentes das nossas. Conviver com uma nova cultura provoca uma vontade ainda maior de aprender e conhecer, de respeitar e ter vontade de construir um mundo melhor.

Na maioria dos casos, jovens que tiveram a oportunidade de vivenciar uma experiência intercultural por meio do intercâmbio, voltam ao país de origem com a cabeça fresca, com vontade de crescer, se tornar socialmente ativos e mudar o que acham que é errado. Isso porque tiveram a chance de conviver com culturas do mundo inteiro. Aprenderam que o que mais importa são as pessoas que conheceram no caminho e toda a história que carregam com elas.

Além disso, é simplesmente fantástico (e assustador, confesso) se afastar um pouco daquilo que conhecemos tão bem, que faz parte do nosso dia-a-dia, e aprendermos que existem muitas outras formas de viver. Fazer intercâmbio é uma aventura, é se desbravar pelo desconhecido e vivenciar as maravilhas que o mundo tem a oferecer.

 Michaela (Nova Zelândia) e Alice (Canadá) em um jogo do Brasil

E aí, ficou interessado em fazer um intercâmbio? Então entre em contato com o AFS Comitê Goiânia pelo e-mail comite.goiania@afs.org ou pelo telefone (62) 9206-8731.


Adele Lazarin 

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