20.3.12

Entrevista com a voluntária Stephannie sobre a importância de ser um voluntário


A Professora de Sociologia Stephannie Mello das Neves, 23 anos, completa em agosto de 2012 seis anos de trabalho voluntário no AFS Intercultura Brasil. Ela descobriu a organização em uma palestra na escola durante o segundo ano do ensino médio e decidiu fazer intercâmbio para a Alemanha em 2005 através do Programa Escolar oferecido pelo AFS. Hoje Stephannie auxilia na parte de Desenvolvimento do Voluntariado e dá suporte  na área de Envio e Recebimento do Comitê Goiânia. Ela conversou com o Blog AFS Comitê Goiânia sobre a importância do voluntário na organização.



Blog AFS Comitê Goiânia: Por que você decidiu se tornar uma voluntária do AFS?

Stephannie: Em primeiro lugar, porque quando voltei do meu intercâmbio queria retribuir o que os voluntários, tanto do AFS Brasil quanto do AFS Alemanha, tinham feito por mim (e por todos os outros intercambistas) até então. Depois eu fui descobrindo na organização um espaço de experimentação de algumas habilidades que eu desconhecia em mim. Mais tarde pude ver que, mais que experimentar, eu poderia fazer projetos e colocá-los em prática no AFS. Eu sempre fui uma pessoa inquieta e este ambiente aberto e agregador que a organização proporciona me motivou bastante.

Blog AFS Comitê Goiânia: Qual a importância de ser uma voluntária no AFS para sua vida pessoal e profissional?

Stephannie: No AFS eu conheci pessoas maravilhosas que me fizeram crescer, de voluntários que trabalharam lado a lado, a famílias hospedeiras e intercambistas. Minha crença de que qualquer pessoa, independente da idade ou origem, tem algo de novo a acrescentar nas nossas vidas é alimentada constantemente dentro da organização. Hoje sou grata de ter feito parte (e ainda fazer parte) do AFS.
Em termos profissionais minha experiência como voluntária tomou proporções que eu mesma não imaginei. Eu já consegui dois empregos por lidar com um meio “internacionalizado”; nestas duas oportunidades fui para a Nova Zelândia e para a Inglaterra. Recentemente voltei para a Alemanha para uma experiência acadêmica e tenho certeza de que minha experiência como voluntária fez a diferença na seleção. Em cartas de motivação eu sempre a ressalto. Trabalho voluntário é trabalho de verdade e às vezes requer mais motivação do que outros trabalhos, pois os benefícios não são materiais. Sem dúvida nenhuma a experiência me deu mais tranquilidade e segurança para encarar o mercado de trabalho. O AFS é parte da minha história.


Blog AFS Comitê Goiânia: Você acredita que o trabalho desempenhado pelos voluntários na organização é importante para a sociedade?

Stephannie: Acredito sim. O AFS tem tradição e constantemente cruzo com gente que viveu alguma coisa na organização, em algum momento de suas vidas. Trabalhar pela tolerância entre as diferentes culturas nunca é demais, nunca sera o suficiente. A história da humanidade está recheada de situações em que aparentemente se vivia uma situação de compreenção e, de repente, a intolerância volta com toda a força. É um trabalho que não pode cessar nunca.
Para mim, o trabalho voluntário é mais que um ato de solidariedade; é um ato de resistência. As pessoas poderem expressar suas potencialidades em favor do outro sem remuneração financeria, em um mundo onde a racionalidade do capital domina, é certamente um ato de resistência. As organizações que agregam esse tipo de gente, que se dispõe a resistir, são também locais da expressão da criatividade, do empreendedorismo social, do empoderamento, da liberdade e da responsabilidade.


Para maiores informações entre em contato com o AFS Comitê Goiânia através do e-mail comite.goiania@afs.org.

Um comentário:

  1. amei Adele (: foi um prazer participar. Só queria ressaltar que o meu trabalho no Envio e Recebimento no comitê é compartilhado com outros vários voluntários. Nós trabalhamos de uma forma mais horizontal e por tarefas por isso não existe um único responsável pela área. Foi chover no molhado porque você deixou claro mas eu queria ressaltar.

    Beijos!

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